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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Verbo AMAR

     Os seres humanos não sabem mais o que é o amor . Talvez seja pela confusão deste sentimento, que não sabemos  ao certo o que ele significa, o quanto importante ele é para nossa vida pessoal e para sermos felizes.
     Hoje em dia vemos grandes demonstrações de amor, por exemplo nas redes sociais, onde as pessoas dizem a frase "Eu te amo" aos quatro ventos, banalizando o verdadeiro sentido da palavra que sim, é pequena, mas tem um significado enorme.
    Quem sabe pela falta de vivência, experiência ou até imaturidade de nossa parte, acabamos nos deixando levar pelo calor do momento e idealizamos algo que não sentimos  pela vontade de querer vivenciar algo.
  Normalmente confundimos o sentimento do amor com o sentimento da paixão  que, apesar de parecidos,  são sentimentos totalmente diferentes.

Não é dificil identificá-los. O amor é paciente, a paixão é impaciente. O amor é calmo, a paixão é nervosa. O amor é benigno e sereno, a paixão é implacavel, impiedosa. O amor é verdadeiro e a paixão talvez mentirosa. O amor é honesto e a paixão não sabe muito bem o que é isso. O amor é atencioso, aberto e simples. A paixão é grosseira, é calculista, complicada. Amor é corajoso, delicado e educa. A  paixão é covade, bruta e castiga. O amor prepara o sexo e a paixão o antecipa. O amor se doa enquanto a paixão se entregua. O amor não troca, a paixão troca e trai.
    Você ainda tem alguma dúvida sobre a diferença entre estes?

As duas faces de uma mesma moeda


No livro “O Visconde Partido ao Meio”, lançado em 1952 e de autoria de Ítalo Calvino,  é apresentada uma reflexão profunda e moderna sobre a personalidade humana. A obra faz parte de uma trilogia lançada por Calvino, intitulada “Os nossos antepassados”, que mostra o ser humano de forma fragmentada e incompleta.
A trajetória do Visconde Medardo di Terralba é iniciada em uma guerra contra os turcos, na qual ele acaba atingido por uma bala de canhão e tem seu corpo, literalmente, dividido. Os médicos conseguem salvar o que restou do Visconde, mas agora ele tornou-se extremamente mal, cometendo atos terríveis contra todos que o cruzam. Porém, logo o Visconde passa a agir com extrema bondade e altruísmo, deixando a todos confusos. O que aconteceu é que a outra metade também sobreviveu, e essa era a “boa”, porém também acaba prejudicando a muitos com sua extrema bondade. Para concluir, as duas partes apaixonam-se  por Pamela, o que resulta em um final interessante.
A ambiguidade humana presente na narrativa pode ser encontrada em diversas outras obras, como o elogiado “Batman: O Cavaleiro das Trevas”, dirigido por Christopher Nolan. O personagem Harvey Dent passa pela mesma transformação do Visconde, só que de forma mais crua e real. Os dois lados são encontrados dentro de um mesmo ser, sem a grande metáfora mostrada na obra de Ítalo, porém a forma “antes e depois” usada no longa-metragem também resume essa ideia das “duas faces” humanas. Existem outros aspectos na obra que mostram requintes contraditórios desses dois antônimos que são a bondade e a maldade; a cena da morte do pai do Medardo é um grande exemplo, além de ser umas das descrições mais belas e atrativas do livro.
Em poucas páginas o livro consegue transmitir grandes ideias e diversos assuntos. Fiquei surpreso com a obra em vários aspectos, principalmente por trabalhar o imaginário e ficcional de forma surpreendente para a época, além de ser uma história que acaba de maneira inusitada, deixando o leitor com sede de conclusão e detalhes. Indico a leitura do livro, principalmente àqueles que gostam de leituras diretas e sem rodeios.

Água Morna


Segurança. Esse sempre foi o lema em que minha vida embalava-se; quando criança minha mãe não era capaz de deixar-me, nem ao menos, descer de um escorregador sem a companhia dela. Lembro de uma vez em que fugi, com seis anos, para ir ao parquinho sozinha. Andar no balanço embalando-o com minha própria força, sentindo o vento em meu rosto... Foi a vez em que me senti mais livre para fazer o que realmente queria. Foi uma sensação que nunca mais consegui encontrar em minha vida.
Até agora.

Lembranças podem ser como um filme. Reviver o passado há qualquer momento é uma emoção sem definição concreta, mas também abstrata. Estar aqui, nessa sala, sequestrada e sozinha parece ser tão infantil, sem sentido, não real, e isso que está aguçando minha mente. Sinto cheiro de sangue. Pergunto-me quantas pessoas já perderam sua existência nessa sala; digo existência, pois não acredito que uma lâmina ou nenhuma outra arma física seja capaz de tirar a vida de alguém. Vida é uma definição muito mais complexa do que o ser humano pensa. Está no ar, na poeira... O cheiro desse quarto faz com que eu recorde minha infância. Da vez em que abri a porta do banheiro e encontrei os azulejos manchados, era tudo geralmente tão branco, mas aquela vez era vermelho. Muito vermelho. Um lago em vinho formava-se no chão. Gritei, o mais alto que podia, gritei muitas vezes. Creio ter salvo minha mãe. Lembro de tantas coisas ruins, mas, geralmente, as boas falam mais alto. E agora eu estou nesse cativeiro, prestes a morrer, pelos olhos mais profundos, os olhos que fazem eu ansiar pelo novo, por descobrir o mistério. Fazia tanto tempo que ele havia saído, e eu nem mesmo havia tentado abrir a porta. Aberta! Não há ninguém por perto. Caminhei até meu carro, a noite escura, as chaves na ignição! Eu estava viva. E o assassino mais calculista, a mente mais atraente para se decifrar, deixou que eu vivesse. Por quê? Sou mulher. Bem sucedida. Solteira. Encaixo-me nos perfis das vítimas. Porque eu não? Estudei o caso detalhadamente. Era a única coisa que fazia bem. Meu trabalho; jornalista investigativa. Entrei no carro e dirigi. Lembranças da faculdade surgiram.

-Anne Proenza. ANNE PROENZA!
Sempre era chamada duas vezes.
-Presente.
Após responder a chamada, voltava ao meu mundo. Imaginando histórias, me perdendo em mundos imaginários. Geralmente as coisas pareciam tão desnecessárias. O curso de jornalismo era, na maior parte do tempo, onde eu mais me encaixava. Ter perdido minha mãe no ano em que entrei para a faculdade fez com que me fechasse mais ainda para o mundo. Ter um pai agressivo que, além de agredir minha mãe, ficava feliz com meu isolamento do mundo não era a coisa mais agradável. Morei com ele até formar-me. Na maior parte do tempo ficava no meu quarto. Minha tia morava em frente ao nosso apartamento. Os jantares e almoços sempre aconteciam na casa dela. A mudança para tão perto havia ocorrido para diminuir a opressão do meu pai sobre minha mãe. Os últimos três anos dela foram os mais calmos, mesmo que lutando contra a leucemia. A passagem pela faculdade foi muito rápida. Meu tio trabalhava no jornal local e conseguiu uma vaga na área criminal da redação. Eu mantinha contato com a polícia e atualizava a parte investigativa. Mas com o tempo fui me envolvendo mais e mais com a parte da investigação. Chegava a trabalhar mais com a polícia do que com a redação. Tudo ia tão normal. Eram crimes entediantes, como o “Ladrão de Pão”, um assaltante de padarias. Mas algo diferente surgiu. Um assassino que deixava um bilhete com seu nome sobre o corpo nu das vítimas. Apenas “Lênin Arpini” escrito com uma letra suave, como se fosse escrita com pena e tinta. Foram seis assassinatos. Analisei cada vítima, cada caso, cada rastro, cada pista. Surgiu uma obsessão. Não conseguia fugir do caos da ideia de como seria ser uma vítima. Como seria estar sobre o controle de outra pessoa. Como seria ir contra tudo e todos. Tudo sempre foi errado e imprudente em minha vida. A vida do “serial killer” apaixonante tornou-se um livro aberto para mim. E era inegável que eu estava alucinada, não sei se essa é a palavra certa, por ele. Passei dias nessa conturbada relação platônica. Tudo em segredo, afinal não havia ninguém para compartilhar meu conto de fadas bizarro. Em um ato de coragem, ou burrice, persegui Lênin. Estava certa de que seria uma vítima. Ao mesmo tempo que tinha medo, sentia-me excitada. Fui agarrada por ele, machucada, levada para o cativeiro, e eu ria tanto. Estava feliz. Era algo que havia escolhido secretamente. O olhar que ele trocou comigo foi de medo. E aqui estou de volta ao presente. Dirigindo. Fracassei; não fui capaz de atender ao desejo de uma mente brilhante. A confusão espalha-se por minha mente e pele. Cansei de tudo, de todos. A vida merece emoção.
A água da banheira está morna. Sinto a navalha abrindo meus pulsos e a água começa a ficar mais quente. Dizem que quando se está prestes a morrer a vida passa toda por seus olhos, e é verdade...
Primeiro a menina dos cabelos negros que passava as manhãs em casa, assistindo programas entediantes para disfarçar as brigas dos pais. Encantado era uma cidade bonita, mas que nunca pode ser desfrutada por ela. Aos quinze anos os fones de ouvido eram seus companheiros, a música era seu refúgio. E ali ela perdia-se do mundo. O medo do pai sempre a oprimia de qualquer atitude mais ousada. Tudo parecia ser tão calculado agora.
Estava tão fraca. Tudo ia ficando mais claro, o branco ia tomando minha visão...
A garota, que um dia havia sido eu, estava tão feliz. Era sua formatura de ensino médio, mas não era esse o motivo de sua alegria. Sua mãe a observava orgulhosa, mesmo que com um olhar cansado e fraco ela estava feliz por ver em sua filha a esperança de ser o que ela não foi. E, agora, penso que tudo que fiz foi uma desculpa para tomar em minha mente o desejo de assistir o filme entediante que foi minha vida. Não houve paixão por assassino; nem por nada. Houve covardia e medo.
O sabor de ferro da água foi o último gole de uma vida. Agora, somente esperança e mistério...

Humanidade: a essência do mal


O ser humano está sempre em dúvida e questionando suas próprias ações, isso que faz com que nossa humanidade nunca seja deixada de lado. No entanto, há muitas vezes, atitudes que podem parecer incompreendidas para alguns, que a ciência geralmente explica como algum distúrbio psicológico. Porém, há aqueles que possuem a maldade em sua essência, sem nenhum distúrbio psicológico que o justifique.
Existem diversas pessoas que tiveram a mesma criação que os mais cruéis assassinos em série e, nem por isso, apresentaram desenvolvimento de atitudes cruéis e calculistas. A famosa assassina em série e condessa, conhecida como “Blood Queen”, Elisabete  Báthory  esquartejou mais de seiscentos jovens  em nome de “banhos de beleza”. Carregar uma educação real e um título de honra não a impediu de cometer esses atos cruéis.
Há muita crença na explicação científica e pouco entendimento da essência humana nas mais variadas atitudes do homem, além do que, doentes, cedo ou tarde, acabam buscando a ajuda médica. A culpa é um sentimento que acompanha a todos, no entanto, quando existem prazer e indiferença em uma atitude fria como, por exemplo, matar, a humanidade já deixou de existir e então surge um monstro, pois nem animais matam por simples prazer.
A maldade está presente em todos, faz parte da essência humana. Há aqueles onde a bondade prevalece sobre o mal, e há o contrário também. Talvez não seja uma escolha, e sim a divisão da natureza para manter a balança da vida equilibrada. Mas sempre há, mesmo que em muita desvantagem, um antônimo sentimental  em cada pessoa. Afinal, a escuridão não existe se não houver luz, inclusive cientificamente.

Entre o Bem e o Mal


A disputa entre o bem e o mal não é um assunto novo. Um dos maiores desejos da humanidade é que a paz se generalize por toda a terra e, para que isso aconteça, a prática do bem deve ser diária.
Com os acontecimentos do dia-a-dia percebemos que, dentro de cada um de nós, há um lado bondoso e de caráter mas, ao mesmo tempo, existe  um lado malvado, talvez vingativo ou até invejoso.
De alguma maneira, estas duas facetas se apresentam e nossa personalidade, não sendo ninguém totalmente bom ou terrivelmente malvado, pois ambos sem completam. Mas como lidar com isso?
Segundo os psicólogos, o ideal é que busquemos o equilíbrio entre os lados, sem deixar que a ingenuidade nos cegue diante do mundo e das pessoas e também fazendo com que tenhamos consciência das consequências de nossos atos.
Todos sabemos que há muitas tentações por todos os cantos e que ser sempre bom não é fácil  pois ainda existem muitas pessoas  com seu lado malvado falando mais alto e querendo nos influenciar. Mas é como dizem: "A mudança que queremos, começa por nós mesmos" e então, não devemos deixar que as outras pessoas nos digam o que fazer ou que nossos  impulsos falem mais alto do que a consciência.
A busca do equilíbrio entre nosso lado bom e ruim não tem receita de sucesso. É um desafio diário e um exercício para todos.




terça-feira, 20 de novembro de 2012

O contrário do Amor

      O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença.
      O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro.
      Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor.
      Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bung-jump, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada.
      Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Mais um dia  estranho, chuvoso acinzentado , céu cheio de nuvens e eu aqui escrevendo, tentando entender o que eu sinto , ou melhor o que eu estou sentindo . A pós pensar e pensar cheguei a inúmeras conclusões, conclusões sobre pessoas, sobre atitudes e sobre o ser humano.
Sinceramente eu não me surpreendo mais com tais atitudes que os mesmo podem cometer, eu só fico me perguntando se eu que sou muito dosado , por medir as palavras certas não brinca com o sentimentos dos outros, ou são eles que não se importam mais com o que os outros sentem pensam .. Não sei vejo poucas pessoas assim , alias raras ai me pergunto será eu o errado ?
Parece que hoje em dia quanto mais sinico, mais desumano mais legal você se torna, está na moda ser falso, brinca com as pessoas, se contradizer ?  Se estiver me desculpem eu não consigo aderir a essa moda !
Eu fico tão triste ver pessoas que eu ja chamei de Amigos, que tinha como alguém especial me decepiconarem ao ponto de eu querer distancia.. Mas seres humanos erram, errar é normal o que me deixa indignado é a falta de não saber reconhecer isso, talvez eu tenha errado com eles também mas não foi intencional e mesmo assim eu tenho a humildade suficiente para pedir desculpa mesmo que indiretamente..
Eu to vivenciando uma faze na minha vida na qual eu nunca tinha vivido e nossa é tão bom, tão perfeito que hoje essas pessoas que se diziam minhas amigas nas quais eu contei meus segredos, dividi momentos ja não fazem diferença , foram substitui das .. Eu não gosto de usar o termo substituir , não somos objetos para sermos substituído, mas as vezes temos que tratar as pessoas como elas merecem .. Confesso que é muito difícil pra mim pois eu espero muitos das pessoas , espero que elas se importem com o que e me importo, liguem pro que eu ligo, que se doem como eu me doo.. mas eu esqueço que somos seres humanos e nem todos são capazes de entender o que o outro espera dela, alias e não deveríamos esperar nada !
Para não se frustrar não cansar , não se desiludir , não se machucar..
Quem sabe um dia eu aprenda a deixar de ser bobinho , e cresça deixe de me importa tanto com os outros, deixe de ser tão romântico, deixe se esperar algo bom.. pois espera pode não parecer  mas cansa .